BISNETA  ALICE

 

Autor: Bisavô LINO VITTI

 

 

 

Primeira e quiçá única bisneta,

 

É a mais graciosa e linda criatura.

 

Tal qual o bisavô, quer ser poeta,

 

Pois sempre da poesia está à procura.

 

 

 

Quer galgar da Poesia a nobre altura,

 

Quer ser da rima a mais feliz esteta!

 

Oxalá, bisnetinha, a sua cultura

 

Torne-a poetisa, sem rival, completa.

 

 

 

As belezas, os sonhos, os encantos

 

A encontrar em  sua vida sejam tantos,

 

Que a tornem de verdade o que deseja.

 

 

 

A poesia vem da alma e se alcandora,

 

deve ser pura e ter brilhos de aurora;

 

deve ser tudo o que de bom se almeja.

 

 

C EU E A POESIA

Lino Vitti –

Principe die poeti Paraci,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Mail

 

 

                Meus primeiros versos, escritos a medo, pois o seminário religioso não admitia alunos poetas porque a poesia de nada servia para a vida sacerdotal, foram de cunho religioso e dedicados a Nossa Senhora. Não os guardei, mas lembro perfeitamente que agradaram a um clérigo poeta vindo de outra congregação de religiosos para a dos Padres Estigmatinos, e que vaticinou-me: o senhor vai ser um poeta de verdade.
Profecia cumprida. Há mais de 60 anos assumi o grato dever de poetar, publicando meus sonetos e poemas nos jornais, revistas e semanários da terra piracicabana, cuja conseqüência foi a edição de 7 livros de poesia e contos, distribuídos aos milheiros ao povo de Piracicaba e, ao que sei, aprovados por ele, tanto que a Academia Piracicabana de Letras me honrou com o significativo título de “Príncipe dos Poetas Piracicabanos”. Guardo-o com carinho, com alegria, como troféu e prêmio maravilhoso aos meus longos e felizes anos dedicados à arte escrita e rimada dos Bilacs, dos Raimundos Correia, dos Guilhermes de Almeida, dos Gustavos Teixeira, dos Franciscos Lagreca, das Marinas Tricânicos e de outros mais que dignificam a poesia desta terra, chamada que foi, de Atenas Paulista.
O professor universitário de literatura de São Paulo, Hildebrando de André, meu companheiro de seminário no Colégio Santa Cruz de Rio Claro, em correspondência trocada entre nós, afirmou sempre que Piracicaba era uma terra privilegiada, uma terra de poetas verdadeiros, um santuário de poesia – dizia ele – que tem a graça de contar com a cooperação feliz dos seus jornais matutinos, semanários, ou revistas, aqueles oferecendo semanalmente uma página de sua edição à poesia dos seus poetas, como podemos ver na sexta-feira, em A Tribuna e aos sábados( foi suprimido) no Jornal de Piracicaba, a cargo dos escritores Ivana Maria F. de Negri e Ludovico Silva.
Poucos têm a felicidade de ver seus poemas e ou sonetos publicados durante seis décadas para mais, por isso me julgo honrado pelos nossos jornais, dignificado pelos leitores da minha terra, realizado na arte dos versos, estrofes e rimas, graças à compreensão dos diretores, editores, paginadores, distribuidores, leitores e todos quantos trabalham para nos entregar a cada manhã, um nobre jornal como o Jornal de Piracicaba, a Tribuna de Piracicaba e o semanário Folha Cidade, todos acolhedores incontestes de minhas elucubrações poéticas de mais de 60 anos.
E diante de tão flagrante acolhida, diante do respeito que em Piracicaba a Poesia merece, diante da proliferação da arte que dignificou poetas como Dante, Shakespeare, Victor Hugo, Olavo Bilac, Gustavo Teixeira, Vicente de Carvalho, Guilherme de Almeida, Camões, e uma infinidade de nomes gloriosos e reais poetas, eu me curvo em dar graças a Deus, Poeta Criador do Universo, do Homem e do Amor, por haver premiado o mundo de Poesia e Poetas, e agradecer igualmente aos poetas do mundo e do universo por terem aprendido a Poesia de Deus, e por lhe darem continuidade até a consumação dos séculos, com tanta dedicação e tanto carinho como merece essa graça de Deus.
A Poesia é a história dos povos, escrita em estrofes, em versos, em baladas, em sonetos, em poemas, em rimas. Numa linguagem sublimada, figurada, sintetizada, onde falam mais a alma e o coração do que as datas, os fatos, as personalidades, a ciência. Ser poeta é ser beija-flor: sugar o mel da vida, ao librar das asas sempre no espaço e sem tocar o desencanto do solo. É sonhar que se é angelical e não ser nunca envolvido pelo pó. Ser beija-flor, cujos beijos pousam sobre qualquer tipo de flor, sem olhar para a cor, sem olhar para as alturas em que ela bebe a luz do sol, buscando sempre o dulçor melífluo que se esconde no âmago de cada uma delas. Ser poeta é isso: buscar sempre o que é belo, cantar sempre as harmonias das coisas e da vida, ter os pés na terra, mas o olhar nas alturas do  infinito. Poesia há de ser alegre, pois se for triste não será poesia, será dor.
São mais de 60 anos que poetizo. São mais de 60 anos que me sinto feliz, pois a minha poesia rendeu frutos, foi lida, foi julgada, foi amada. Haja vista que se tempos atrás os poetas eram raros como os diamantes, hoje eles florescem como seara e a poesia deles espalha um perfume de beleza, de sonhos, de encantamento.
                Graças a Deus, a picada que tentei abrir está transformada em caminho florido.

Scusatemi, ma ho rimesso el mio blog, dove troverano molte poesie, sonetti, conti, erc.potendo fare lus litterario di vostro gaudio.

 

 

Il blog lÈ QUESTO:

http://poetalinovitti.blogspot.com/ 

 

 

 

 

A naltro giorno.

Em 12 de junho de 2011 18:34, Lino Vitti <poetalinovitti@ig.com.br> escreveu:

Grazie. O 92 anni e no l`´e sempre che se mi permesse lavorare in questa giostra;MA LE VOSTRE E.MAILS SONO RECEVUTE SEMPRE COM ATTeNZIONE E RISPETO.Sono grato e speto che possiamo continuare fino adesso. In questa  parte del Brasile fá fredo che non me piace niente. Non cè neve ma il fredo cade fino a 2.o gradi  per noi molto fredo allora.Arrivederci, Se voi vedere articoli , poesie, cronique, varda al mio blog: http://poeta-linovitti.blogspot.com/ Ciao

Em 12 de junho de 2011 09:09, Roberto Giovanni Zaniolo <amissi-mondo-veneto@hotmail.it> escreveu:

Carissimo, carissimo amico!
Da quanto tempo che non ci sentiamo...
mi ero giá fatto delle domande...
 
Dai, siamo felici di saperti vivo
e sempre di buon umore!
É da tanto anche che non riceviamo piú poesie tue,
se hai qualche soneto nuovo
ti ringraziamo e lo inseriremo nela TUA pagina nel nostro Sito comune...., si?
 
A presto con un abbraccio,
Roberto, amissimondoveneto


                                  AS VOZES DO SERTÃO

 

                                                       Lino Vitti

 

Meu teimoso escritor de crônicas, acaso o sertão tem voz, fala, canta, reza, ensina?

- Perguntaste bem, meu quiçá único leitor.

Respondo que “sim”, o sertão murmura, fala, canta,

mas é  preciso ir até ele, passar com ele horas, afiar os ouvidos

e entender os rumores que vêm do seu recesso misterioso         

 

VOZ DO SERTÃO
Lino Vitti

Dentro da expansão rústica da mata
vem de longe, reboando em cada tronco,
fantástico, abissal, o rude ronco
da escondida e bravia catarata.

Mistério colossal, ela retrata
todo o esplendor do que é grandioso e bronco.
Para cantá-la em versos me destronco,
é a imensidão que ruge e que arrebata.

De colina em colina ora ecoando,
rolando em cada verde capoeira,
ora vale, ora ventos enfrentando,

se ouve à distância em orquestral zoeira,
carregado nas mãos do vento brando,
o rugido selvagem da cachoeira.

AO VIR DO SOL

 

Poetalinovitti@ig.com.br

Lino Vitti

 

(Príncipe dos Poetas  Piracicabanos)

 

Na agreste mata, ao despertar do dia,

A passarada em sinfonia canta.

Cantam as aves terna sinfonia

Quando acorda a manhã e o sol levanta.

 

A luz relembra linda melodia,

Mel saído de alígera garganta.

Eu bebo desse mel que me inebria,

Eu bebo essa canção que me quebranta.

 

Envolve-me essa lírica floresta

Onde a vida gorjeia em santa festa

- um banquete de luzes e de sons..

 

Amai as aves para compreendê-las

- como disse o poeta das estrelas,

- como  repetem sempre os que são bons.

 

IGREJINHA NATAL

Lino Vitti

         Todos aqueles que moram ou já moraram no sítio ou fazenda tiveram a felicidade de orar no recesso de uma igrejinha, ou capela como comumente é mais conhecida. Eu acho que o diminutivo soa melhor numa crônica como esta, vinda do âmago das recordações quando eu, nadando em felicidade, fui “dono” duma igrejinha, há poucos metros (cem) de minha moradia da roça a que chamávamos simplesmente de Santa Cruz e a que dediquei um longo poema que assim se iniciava :” Oh! Santa Cruz da Estrada/ Santa Cruz da Encruzilhada/ Santa Cruz do meu rincão,/Todas as vezes em que chego me apareces/ braços imóveis como se estivesses/ à minha espera / para dares-me um abraço/ e para eu dar-te uma oração...”

            Bem, mas não é dessa “igrejinha” que vou falar no soneto adiante, mas de uma parecida que servia a todo o bairro e circum-vizinhanças, onde de quando em quando aparecia, a convite da Comissão da Igreja e enfrentando os l7 quilómetros, entre Santana e Piracicaba, feitos a pé pelo capuchinho no sábado para celebrar Missa no Domingo, a que todo mundo comparecia e desfrutava dos santos Sacramentos da Confissão e Comunhão, oportunidade aproveitada ainda pelos moradores, muito religiosos, para realizar o batizado dos pequerruchos em condições de o receber, para gáudio das famílias e dos padrinhos e madrinhas dos batizandos.

            As capelas de então, é bom observar, eram mal e mal suficientes para abrigar o povo da localidade, por isso o título com que encimo o soneto “Igrejinha Natal”, inspirado pela saudade de meus dias de infância e para o registro histórico nestas minhas infindáveis crônicas com as quais me apraz, faz anos e anos, editar na imprensa piracicabana, graças aos diretores dos jornais locais que me aceitaram como seu colaborador, de todos os dias até, merecendo meus muitos “Deus lhes pague” que ora lhes envio.

            A “Igrejinha Natal”, hoje não mais existe. Foi transformada em templo magnífico pelo progresso do bairro, mas ela vive e sobrevive na minha memória de quase 92 anos de idade, e razão do soneto com que encerro mais uma das minhas crônicas de todos os meus tempos de poesia e teimoso escrevinhador de livros e em jornais citadinos.

 

IGREJINHA NATAL

Minha igreja natal, branca e risonha,
Pequena como todas as capelas
Que há nas fazendas e onde a gente sonha
E eleva ao céu as orações mais belas.

É toda a tarde, mal o sol se ponha,
Incendiando de luz suas janelas,
Vibra no espaço a Ave-Maria tristonha,
Enquanto o altar vai acendendo as velas.

Linda igrejinha onde na minha infância
Fiz a primeira Comunhão e onde
Aspirei dos incensos a fragrância.

Nas novenas que amor e que piedade!
Teu vulto no meu íntimo se esconde
Trago-te n'alma envolta de saudade.

NO PARQUE DA AGRONOMIA - Soneto de Lino
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Lino Vitti - Da Academia Piracicabana de
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Epitafio - Lino Vitti.doc
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DESPEDIDA - Lino Vitti.doc
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Epopeja - Lino Vitti.doc
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Epopeja - Lino Vitti.doc
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GOLGOTA D´OR- Lino Vitti - Principe dos
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ALÔ, MÃE! Lino Vitti.doc
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MINHA MÃE, NOSSA MÃE Lino Vitti.doc
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MAMÃE, MAMÃE... Lino Vitti.doc
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